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A Roda do Preço Certo

  • Foto do escritor: Visão Jovem
    Visão Jovem
  • 5 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de fev. de 2018


Se me pedissem uma opinião, no antes e no depois da minha entrada no mundo da política, sobre o que é realmente feito e ambicionado num partido jovem, o meu parecer seria completamente antagónico. Não quero defender esta juventude partidária porque dela agora faço parte, mas sim porque acredito que, pela experiência que tive até este momento, ela merece ser elogiada, e porque sinto que as pessoas precisam de perceber aquilo que eu nunca percebi até ter tido o primeiro contacto.


Acho que é muito fácil apontar o dedo e construir críticas baseadas no que se ouve e se lê nas redes sociais. Aliás, grande parte do meu antigo ponto de vista, anterior ao meu regresso aos estudos, era baseado nestas mesmas fontes, que podem ser reproduzidas por qualquer pessoa, tenha ela um mínimo de formação e opiniões minimamente estudadas ou não. Acho que é muito fácil estar sentado no café a ler o jornal ou estar deitado no sofá a ver as notícias que passam na televisão, e, a partir daí, fabricar uma perspetiva pessoal que irá mais tarde ser partilhada, discutida e defendida com amigos, num sábado à noite, enquanto dá o jogo do Marítimo contra o Nacional. E venha a próxima rodada!


Acho que é muito fácil criticar e estar longe do acontecimento, e essa é uma exorbitante característica desta nossa geração dos smartphones e dos tablets. (Atenção, que eu gosto muito de smartphones e de tablets!)


Isto tudo para vos explicar que aquilo que as pessoas me revelaram sobre a política, e sobre os jovens na política, pouco corresponde ao que agora, depois de ter tido a coragem de me aproximar, perspetivo. E isto faz-me refletir…


Desde logo, tive a sorte de integrar um grupo de jovens com uma insaciável vontade de reivindicar direitos, de começar algo novo, de catapultar novos projetos e novos ideais, em função de um sonho que é, nada mais nada menos, de toda a gente (sim, de toda a gente!): uma sociedade mais unida e mais igualitária, em termos de oportunidades profissionais e sociais.


E não há cor partidária neste facto! Há apenas uma verdade axiomática, que é defendida por todos e que é, se me permitem o termo, imbecilmente disputada entre ‘irmãos mais velhos’.


Foi-me dada uma rara oportunidade de expor as minhas indignações e de ter, nas minhas próprias mãos, o poder para lutar por algo em que acredito, e que acredito que pode vir a melhorar a vida das pessoas. Mas esta oportunidade só é rara porque a grande maioria dos jovens deixa que ela se evapore, ao estarem longe do acontecimento, ao estarem longe da verdadeira realidade.


É por isso que, e para finalizar, sem proximidade e sem vontade genuína, as coisas serão sempre distantes e morosas, e de pouco valerá o suor e empenho de certos indivíduos (ou quererei dizer indivíduos certos?), na luta por algo melhor.


Aprendi que ter um papel ativo na política é tão cansativo quanto o cansaço sentido pela grande maioria dos jovens que nada faz para mudar o que, na sua ótica, está mal. E a roda do Preço Certo vai rodando…


Pedro Neto Sousa

 
 
 

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